19 de janeiro de 2011

Ka, Ba, Akh, Ren e Shwt

Para os antigos Egípcios o ser humano era composto de cinco elementos diferentes: o Ba, o Ka, o Akh, o Ren e o Shwt.



Designava-se uma espécie de alma e se refere a todas as qualidades não-físicas que formam a personalidade de um ser humano. Isso inclui também o poder de cada um.
Uma função importante do Ba era tornar possível que o morto saísse de sua tumba e reencontrasse seu Ka. Já que o corpo físico não podia mais fazer isso, era o Ba, transformado em um pássaro com cabeça de humano, que podia voar entre a tumba e o submundo. Também se acreditava que o Ba pudesse assumir a forma que quisesse, e que tinha que se reunir com o falecido todas as noites para que o falecido pudesse viver para sempre e se tornar em Akh: um ancestral. Ao contrário da alma, ou do espírito, o Ba era bastante ligado ao corpo físico. Acreditava-se até que o Ba tivesse necessidades físicas, como comida e água.



É quase impossível traduzir o conceito para nossa língua, mas tente imaginá-lo como sendo a "força criativa dentro de cada ser, seja divino ou não",
Acreditava-se que o Deus criador criava o Ka das pessoas quando criava a pessoa em seu torno para cerâmica. O Ka então seguia a pessoa como uma sombra, ou como sua cópia durante toda a vida, mas quando a pessoa morria, o Ka voltava ao seu lar divino. Ele também dependia de ofertas de alimentos, verdadeiros ou como desenhos nas paredes das tumbas. Diferentemente do Ba, o Ka não ingeria esses alimentos e sim assimilava sua energia da mesma maneira que as estátuas dos Deuses "assimilavam" a energia das ofertas colocadas para eles.


Akh

Esta é a forma na qual os mortos sagrados vivem na eternidade. É também o resultado da união entre o Ka e o Ba. Acreditava-se que o Akh vivia para sempre, inalterado, e era muitas vezes chamado de "Aquele que Brilha".


Ren - Nome

O Nome era uma parte muito importante de um indivíduo. Era considerado uma parte viva do indivíduo e acreditava-se que o Nome, ou até mesmo a palavra, fosse a expressão perfeita da pessoa, ou do objeto em questão. Uma criança recém nascida tinha que receber um nome imediatamente ou não viria à esse mundo de modo apropriado.
Muitas vezes os antigos não queriam pronunciar o nome de uma divindade, e usavam sinônimos, desta maneira, o nome verdadeiro da divindade ficaria oculto e protegido.
O poder no nome era tanto que os único que podiam destruir poderes demoníacos eram aqueles que sabiam seu nome. Quando o morto passasse pelos caminhos do submundo, ele afastaria os perigos dizendo: "Eu te conheço e sei teus Nomes".


Shwt - Sombra

A Sombra também era uma parte viva e essencial do indivíduo. É preciso lembrar que em um país como o Egito, uma sombra pode ser uma bênção protetora dos raios quentes do sol. Também era visto como uma entidade com poder e que podia se mover com grande rapidez.
Assim como a Sombra podia proteger, ela precisava ser protegida também. Aqui a dualidade do antigo Egito pode ser vista novamente, aonde tudo existe em sua forma complementar também. Nada existia sozinho, por si próprio, as funções sempre estavam interligadas com o universo, com Netjer e com o Homem.

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