19 de janeiro de 2011

Palácio das duas verdades

"O defunto, trajando um vestido de linho, era introduzido por Anúbis no grande recinto onde o julgamento seria realizado. Saudava, então, a todos os deuses presentes.

Primeiro, o falecido deveria proferir uma “confissão negativa” declarando que não cometera pecados ou más ações. Verificava-se então se estava sendo honesto a cada um dos 42 itens confessados.

Enquanto o morto fazia sua declaração, Anúbis ajoelhava-se junto a uma grande balança colocada no meio do salão e ajustava o fiel com uma das mãos, ao mesmo tempo em que segurava o prato direito com a outra. O coração do finado era colocado num dos pratos e, no outro, uma pena, símbolo de Maat, a deusa verdade. O coração humano era considerado pelos egípcios a sede da consciência.

Assim, ao ser pesado o coração contra a verdade, verificava-se a exatidâo dos protestos de inocência do defunto. Como as negativas vinham de seus próprios lábios, ele seria julgado pelo confronto com o seu próprio coração na balança. Se este se igualasse com a verdade, tudo correria bem e o defunto seria bem-vindo no além-túmulo, caso contrário, o morto estaria cheio de pecados e, então, seria comido por um terrível monstro Ammut, o devorador dos mortos."

"Viva de maneira tal que teu coração nunca pese mais que a pena da justiça e da verdade"



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